domingo, 10 de abril de 2011

Judas

As much as I obsess
About the sick things you do
Follow you around and stalk your every move,
I know your laughing behind closed doors, but no more, cause
I'm just a holy fool, Oh baby he's so cruel, but I'm still in love with Judas, baby



Honesto, despido de preconceitos, sem ilusões ou falsas realidades, o Inverno é o único elemento verdadeiro, mostrando-nos aquilo que tanto se esconde.
Passamos tempos infindos enganados, julgamos algo pela sua agradável e apetecível aparência. Criamos uma ideia irrealista de verdade absoluta, que apenas assim o é para nós próprios. Ingénuos ao ponto de não desejar crer na mais pura verdade: a perfeição é um mito.
Durante o Inverno, as árvores perdem a sua copa frondosa pela qual ficáramos deslumbrados. Apresentam apenas ramos crus, imperfeitos e negros, que nos trespassam as mentes com a sua frieza. Afinal toda a nossa percepção anterior caíra por terra.
Não existiam mais aquelas folhas verdes e viçosas de que tanto gostávamos, aquelas flores que davam cor e sentido ao carinho que nutríamos por tal ser, e, mesmo aqueles pássaros que rodopiavam em seu torno, deliciando-nos com o seu doce canto, haviam sumido.






A magia quebrara-se.
Era apenas mais uma árvore, agora igual a tantas outras ao seu lado.





Despertava aquele sentimento de raiva intrínseco a um amante que se sente enganado.
Objectivamente, não haveria razão para tal. Nunca nada nos foi prometido. Ninguém disse que aquela árvore era diferente ou especial relativamente às restantes.
As nossas expectativas criaram aquela situação. Somos necessitados. Agarramo-nos a esperanças e sonhos irrealistas.


Não existe outra causa para o sofrimento se não nós próprios.


When he comes to me, I am ready.
I'll wash his feet with my hair if he needs.
Forgive him when his tongue lies through his brain.
Even after three times he betrays me.
I'll bring him down, a king with no crown.
Judas look what have you done
My heart bleeds and you think it's fun?
Please let go, you're Poison Ivy to me.




Johnny

Open Your Eyes

All this feels strange and untrue
And I won't waste a minute without you
My bones ache, my skin feels cold
And I'm getting so tired and so old
The anger swells in my guts
And i won't feel these slices and cutes
I want so much to open your eyes
'Cause I need you to look into mine.



Não me reconheço.
Não te reconheço.
Quero ser aquilo que nunca fui, fazer o que nunca fiz, ir onde nunca fui, sentir o que sempre evitei. Pôr de lado por breves instantes apenas, aquela máscara que me protege do resto do mundo de uma forma pretensiosa, deixando-me seguro num canto sem dor; sem ti.
É falaciosa a minha lógica. Magoo-me com ela, isolo-me, perco-me em mim por orgulho. Digo que não, quando gostaria de dizer que sim, mas isso é o meu escudo, é aquilo a que me agarro sem pensar duas vezes.
A minha teimosia paga-se a preço de vida. A melancolia torna-se companheira de espaço e dá forma a tudo aquilo que pretendo evitar. A culpa é minha.
Procuro apenas a honestidade dos teus olhos. A honestidade de uma palavra sentida dentro do meu peito, que me faça perder a respiração, transportando-me para longe daqui.
Não sei como fazê-lo. Nunca tive coragem para o tentar. Nunca fui forte o suficiente para tentar perceber quem sou, para perceber o que é sentir. Aquela falsa inocência soa a uma alegria muito mais difícil de encontrar e ainda assim, tão fácil de perder.
É uma mentira, um engano de alma.
Somos tão complexos, e, ao mesmo tempo, tão básicos.
Tentamos encontrar aquilo que dizemos não querer. Aquilo que todos querem, sentem e fazem. Somos poucos originais até no ar que respiramos, apenas para esse objectivo fútil.
O amor é mesquinho, invejoso e interesseiro. Quero tudo para mim, quero estar feliz, QUERO.

É uma compra de afectos que nos torna vazios na sua ausência.
É o devaneio favorito das horas livres de um louco.


Deixem-me ser básico, fútil, mesquinho e pouco original. Deixem-me viver numa mentira. Quero provar um pouco dessa essência dos mártires que se acreditam eternos. Por um dia saber o que é aquele burburinho que não se escuta, não se vê, mas dizem as más línguas que se sente.


Get up, get out, get away from these liars
'Cause they don't get your soul or your fire
Take my hand, knot your fingers trough mine
And we'll walk from this dar room for the last time
Every minute from this minute now
We can do what we like anywhere
I want so much to open your eyes
'Cause I need you to look into mine




Johnny

quinta-feira, 7 de abril de 2011

You and I

You taste like whisky when you kiss me, oh
I'll give anything again to be your baby doll,
Yeah, this time I'm not leaving without you.
You said "Sit back down where you belong;
In the corner of my bar with your high heels on."
Sit back down on the couch where we made love the first time and you said to me:
"There's something, something about this place."
Something about lonely nights and my lipstick on your face.
Something, something about my cool Nebraska guy.




Este sentimento perturba-me. Vezes e vezes sem conta.
Odeio aquilo que desejo e anseio sentir.
Não sou eu, sinto-me vazio, frio e incompleto.
Mas não te quero ter.
Contorço-me, para me moldar aos teus desejos. Cruéis e infitos.





I just don't know where to find it.



It's been a long time since I came around.
It's been a long time but I'm back in town.
And this time I'm not leaving without you.




Johnny*