quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Dog Days Are OVER!

Happiness, it hurt like a train on a track
Coming towards her, stuck still no turning back
She hid around corners and she hid under beds
She killed it with kisses and from it she fled
With every bubble she sank with a drink
And washed it away down the kitchen sink...



Tinha dormido pouco.
6h30. Estava tudo laranja, um fresco que me despertava para aquela nova etapa.
Estava ansioso e expectante acerca do que iria encontrar no interior daquele grande monstro cinzento, que rasga a paisagem verde envolvente.
Despachei-me com a calma que o relógio me permitiu. Felizmente, tinha tempo de sobra, podendo dessa forma desfrutar de todos os pedacinhos daquele momento. Senti um gostinho de calma penetrar na minha mente; estava preparado.
O caminho não foi demorado, muito menos sinuoso, mas ainda assim os nervos quiseram fugir-me do controle por diversas vezes. A ideia de encontrar aquelas capas pretas assustava-me.
Entrei e por entre conversas, papéis, escadarias e corredores frios, o medo transformou-se, passando a dar lugar a um estranho sentimento de familiaridade.
Deixara de ser o monstro cinzento; era agora a minha faculdade.
As horas passaram e finalmente deixei aquele lugar, naquele que foi ainda um dia comprido e extenuante.
Claro está, todas as histórias e peripécias foram partilhadas com aqueles que cruzaram um dia semelhante. Aqueles que apesar de distantes, noto estarem agora mais que nunca, presentes no meu pensamento e coração.
Sentado neste sofá vislumbrando uma vez mais aquele laranja que me ilumina a noite da mesma maneira que agracia as folhas das árvores, sinto uma leve brisa roçar-me a face, envolvendo-me o corpo num rodopio de emoções. O cigarro que vou queimando com suaves inspirações, enche-me os pulmões, dando-me a resposta para o que sinto.

Tenho agora certezas. Certeza acerca da incerteza que é o futuro, certeza de que nunca me senti tão bem nos últimos tempos como no dia de hoje.



...The dog days are over
The dog days are done
The horses are coming so you better run
Run fast for your mother, run fast for your father
Run for your children and your sisters and brothers
Leave all your love and your loving behind you
Can't carry it with you if you want to survive.



Johnny*



Para a C., que possa rapidamente partilhar estes momentos comigo, e "beber das minhas palavras" tal como prometeu. Amo-te.



Escrito a:
14/09/2010 - 02:43

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Hometown Glory

Round my hometown, memories are fresh
Round my hometown, ooh, the people I've met
Are the wonders of my world, are the wonders of my world...


Última semana. Pessoas sensacionais, momentos incríveis, vocês.
Toda esta longa aventura, que agora me parece curta para tão boas experiências, começou há oito anos atrás. Tive a feliz oportunidade de vos conhecer e poder percorrer este caminho convosco.
No início parecia que ainda faltava muito. Muito para sermos crescidos, muito para viver, muito para o próximo intervalo.
Esse tempo passou por nós. Os anos correram com uma velocidade galopante, e sem darmos por isso, aqui estávamos. Com tanto dito e com ainda mais por dizer. Com uma cumplicidade, que só o verdadeiro AMOR que nos liga, o permite. Com memórias de momentos tão perfeitos, que é puro pecado ter tido oportunidade de os vivenciar. Com certezas de passado e promessas de futuro.
Os últimos dias, foram o culminar de tudo aquilo que nunca conseguirá ser exprimido, foram o partilhar de esperanças e desejos. Fica a saudade antecipada, a tristeza da partida e a incerteza do que virá.
Fica aquela lágrima que ninguém consegue conter. Uma lágrima que liberta consigo um peso tão grande como a imensidão do sentimento que nos une.
Finalmente chegou o dia porque tanto temiamos, o dia que ninguém desejava que chegasse. O dia da despedida, que fica não como um Até Sempre, mas como um Até Breve.

Ia mentir se não revelasse que dói; que é uma angústia termenda; que choro sempre que penso nisto. Mas a verdade é que vos conheço. Sei que esta separação não será nada mais que um fortalecimento ao nosso amor.


Amo-vos incondicionalmente. Tornaram-se realmente os pilares do meu Mundo. Agradeço-vos todos os dias por o terem tornado tão forte.



Johnny*

domingo, 5 de setembro de 2010

Miss You

Did you say it?
I love you.
I don't ever wanna live without you.
You've changed my life.
Did you say it?
Make a plan, set a gold, work to worth it.
But every now and then, look around, drink it in.
Cuz, this is it.
It might all be gone tomorrow.


Perdi-te.
Ou melhor, nunca te tive. Como podemos perder uma coisa que nunca foi nossa?


17 anos separam a distância que muitas vezes dou por mim a querer percorrer. Dou por mim a alimentar esperanças, desejos e sonhos infundados. Sou irrealista, apenas porque sinto isto. Isto. O quê? Não sei. Não consigo definir, não te consigo definir. Nunca te conheci.
Tento imaginar como seria ter-te. Como seria tocar-te. Como seria o teu olhar, o teu sorriso, a textura do teu cabelo, o toque das tuas mãos. Tento desenhar-te. Tento ter-te comigo.
A única coisa que tenho de ti é a caligrafia de um "Grande beijo", rabiscado na parte de trás de uma fotografia tua.
Nunca vou sentir o forte doce sabor do teu abraço.
Queria abrir a porta de casa, ver-te sentado no sofá, correr para ti e pensar que afinal nada disto era verdade. Que tudo tinha sido um grande erro.
Os dias, as horas, os minutos e os segundos, sufocam-me os momentos que nunca tive contigo, até os roubarem por completo.
Vou crescendo, vivendo, sentindo, mudando, e tu continuas sem aqui estar. Espero pelo que nunca vai chegar. Magoa-me saber que por mais que queira, não posso mudar nada. Não te posso ter do meu lado. As lágrimas insistem em correr, não consigo evitar fazê-lo quando penso em ti.

Magoa-me. Saber que nunca te vou poder dizer que te amo, que sinto a tua falta, acima de tudo, dói tu não fazeres ideia do quanto te quero.

Nunca o escrevi, nem muito menos disse:

Amo-te Pai.





Johnny*