I let it fall, my heart,
And as it fell, you rose to claim it,
It was dark and I was over,
Until you kissed my lips and you saved me,
My hands, they were strong, but my knees were far too weak,
To stand in your arms without falling tou your feet,
But there's a side to you that I never knew, never knew,
All the things you'd say, they were never true, never true,
And the games you'd play, you would always win, always win.
A noite sempre me fascinou.
Uma calma que nos absorve, naquela escuridão que nos isola com uma brisa fresca a trespassar o nosso corpo, levando-nos a lugares que não imaginamos. O recanto que nos oferece a tranquilidade que as palavras não conseguem transmitir, a segurança e a protecção que corpo algum nos mostra, a verdade despida de mentiras e preconceitos.
A brisa que corre, sopra a raiva das emoções que não conseguimos controlar, afastando a tristeza que nos corrói ardentemente. Dissipa a mentira. Aquela pequena mentira que contamos para fazer com que os outros se sintam melhor, mas que estraga o nosso intimo, e a qual apelidamos de mentira necessária.
Somos como ladrilhos das calçadas. Alguns posicionados sempre debaixo da mesma sombra, da insistente chuva, que provoca o seu deterioramento. As mentiras são as pequenas falhas, que com o tempo levarão à sua quebra que por mais parcial que possa ser, significa a perda. Perda de identidade. Perda daquilo que considerávamos ser parte da nossa vida. Nesta calçada as beatas caiem insistentemente, porque este é mais um de tantos outros escapes, uma solução fácil para cinco minutos de verdade.
Não somos honestos connosco próprios. Não somos honestos com os nossos sentimentos. Não existe honestidade no ser humano. Colocamos uma máscara social, para nos defendermos do que somos, do que sonhamos, do que desejamos e sentimos. Temos a arrogância de escolher o que achamos de melhor em nós próprios, para os outros conhecerem.
Somos falsos nas emoções que exprimimos, falta pureza de momento. Queremos ser sempre mais, não queremos isto ou aquilo, rejeitamos. Criamos pequenas mentiras que colocamos em caixas e escondemos aqui e acolá, esperando que nunca ninguém as encontre sem um aviso prévio. Aí, a noite nunca chega. Porque essas pequenas caixinhas estão sempre lá, brilham intensamente, na ânsia que alguém as encontre. Não existe calma, tranquilidade, nem sopros de brisa fresca, porque o engano tem uma falha abrupta: funciona apenas num sentido.
Não conseguimos esquecer aqueles pequenos promenores, não conseguimos fechar os olhos e fazer com que eles desapareçam, ainda que estejam ocultos para todos os restantes. Somos seres humanos. Desonestos. Frágeis.
Quero poder encontrar-te. Abrir contigo estas caixas uma a uma. Até recuperar a inocência e a escuridão da noite, poder encontrar o conforto na verdade do teu corpo quente, esquecendo de vez as mentiras. Honestidade. Chama-se Amor. E isto, eu nunca encontrei.
Vou esperar-te nesta noite desassossegada, expectante pela noite em que me tragas a calma que à tanto desejo.
But i set fire to the rain,
Watched it pour as I touched your face,
Well, it burned while i cried,
'Cause I heard it screaming out your name, your name.
I set fire to the rain,
And I threw us into the flames,
Well, I felt something die,
'Cause I knew that that was the last time, the last time.
Johnny*
Esse dia há-de chegar!
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